Pensares sobre amor e desamor
Anatólia recusou meu amor por três vezes. Mas não haverá uma quinta! Hoje ela me abraçará com fúria e descontrole, e confessará que sempre me amou, mas temia. Não tema Anatólia! Se entregue ao meu coração de homem apaixonado!
Antônio me despreza, e é fato. Sempre me desprezou, e nem sei... nem lembro... Afinal, porque ele se casou comigo?! Me desepreza desde o dia do nosso casamento. Desde o dia em que nos vimos. Sempre me deseprezou, e sempre vai me desprezar... Sempre.
Não há consolo pra quem vive com o peito na mão assim, como eu. Desgraçada mulher, atirada aos cães, e privada de migalhas sequer de carinho. Só me resta esta casa, e nada mais. Ai, se ao menos me pisassem o peito... se ao menos me odiassem... Qualquer coisa!!!
Eu amo Solange. Tão certo quanto o amor dela por mim. E cada dia que levanto, levanto para amá-la, e ela a mim. Cada passo que eu dou é pra ela, e cada palavra tem que ser uma declaração de amor. Eu amo solange, e ela me ama. Tão certo assim.
E me atiro mesmo, e nada mais vejo na frente. Todos os homens que puder ter! E as mulheres se não bastarem mais os homens. Todos! Cada noite quero ser inteiro de alguém, mesmo que de modo efêmero. E não tenho que pensar. Todos! Sou assim... perdido de mim mesmo.
Ai, as cartas não chegaram, não foram, não vieram. Maldita a hora em que escrevi para ela. Agora que faço? Vou lá e bato na porta dela? Sigo no meio da rua no caminho pro trabalho? Compro flores? Telefono? Ai, as cartas não chegaram! Mesmo sendo cartas de amor.
Perdido em pensamentos. Ana Luiza lá longe, eu cá. Ana, Aninha... Eu cá. Será que ela pensa em mim também? E dá uma coisa quando penso no seu corpo. Ana, Ana meu doce, meu mais doce querer. Se soubesses o quanto te amo... (Ana Luiza, Aninha, pensava nele deitada na rede...)
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