Micro demais...
Tanto tempo sem blogar. Culpa do mundo!!! A culpa sempre é do mundo...
Tratemos então de destruir o mundo:
Anercília andava pensando em Olavo mais que pensou em seu pai. Trocava as letras nos luminosos, e teimava em ver embassado todo o mundo a sua volta. Pensava só no dia em que ele voltaria para ela. Olavo preocupadíssimo com as novas aquisições da Grumnet.com, sua empresa de vídeo babás. O pai de Anercília morreria naquele mesmo ano, e seria tão pouco chorado...
Foi um choque quando aquela mulher ligou:
- Olavo, meu amor!
- Oi.
- Olavo?
- Sim, sou eu.
- Sou eu...
- Quem?
(silêncio)
- Quem é?
- Ninguém.
Desligou e chorou a madrugada inteira. Esperou cada segundo que ele ligasse de volta. Cada segundo sofria mais com a desesperança de nunca ser notada por ele. Anercília nunca foi a casa depois que ele voltou. Nunca teve coragem de saber se seria ou não um erro. Olavo mandou que trouxessem mais café.
O pai de Anercília lembrava claramente do balanço, Ana Clara (tão linda) e ele naquela tarde de sol...
* * *